Esclareça 6 dúvidas sobre o exame de hemoglobina glicada

Muitas pessoas desconhecem que há um teste superior à simples determinação da glicose no sangue: é a verificação da hemoglobina glicada, que não apenas indica o diabetes, mas também aponta se a pessoa está no caminho de vir a ter essa doença (afinal, é melhor prevenir do que remediar, todos sabemos).

Texto publicado inicialmente no blog do Laboratório PAT

A hemoglobina glicada é uma substância formada a partir de combinação da hemoglobina A (HbA) com o açúcar. A sua dosagem, também identificada como glico-hemoglobina, HbA1c ou apenas A1C, é eficaz para a avaliação do controle glicêmico em pacientes com diabetes.

Esse tipo de exame apresenta uma grande vantagem, pois permite que a coleta do sangue seja realizada em qualquer horário, mesmo após alimentação. Assim, a pessoa não precisa obrigatoriamente ir ao laboratório cedo, no período da manhã: evitam-se aglomerações e filas de espera provocadas por exames que necessitam de jejum.

Neste artigo abordaremos outros aspectos importantes e esclareceremos as dúvidas mais comuns relacionadas ao exame de hemoglobina glicada. Continue a leitura para saber mais!

A importância da avaliação da hemoglobina glicada

O exame da hemoglobina glicada é considerado o mais importante no acompanhamento do diabético, pois ele sinaliza a eficácia do tratamento adotado.

Consequentemente, ele ajuda a reduzir o risco de complicações, como cegueira, amputações e doenças cardiovasculares. Conheça, a seguir, as principais dúvidas e os seus esclarecimentos sobre o exame.

1. Os casos em que o exame é solicitado

O exame é solicitado para avaliar se o tratamento do diabetes mellitus está surtindo efeito para o controle da glicemia (nível de glicose, ou seja, açúcar no sangue). Embora a glicemia em jejum seja a mais utilizada para diagnosticar a doença, a hemoglobina glicada também se mostra muito útil para essa finalidade.

Dessa forma, exames de A1C devem ser feitos para os casos de diabetes, tanto para documentar o grau de controle glicêmico em sua avaliação inicial quanto para acompanhar a doença, sendo útil até mesmo para busca de pessoas acometidas, na população.

2. A forma como o exame é feito

O exame não exige nenhum preparo prévio. A coleta de sangue é feita em laboratório e demora poucos minutos. Posteriormente, é realizada a análise do material em equipamentos automatizados, e o resultado fica pronto em breve tempo.

Os bons laboratórios clínicos usam métodos padronizados, com controles de qualidade e outros recursos que levam à alta confiabilidade dos resultados.

3. A periodicidade para realizar o exame

O exame de hemoglobina glicada em geral é feito duas vezes ao ano nos diabéticos em controle e a cada três meses para os que têm alterações no tratamento ou que não estejam conseguindo atingir os objetivos esperados.

Isso porque a quantidade de glicose que se liga à hemoglobina é proporcional à sua concentração média no sangue. Como os eritrócitos (também chamados hemácias, ou glóbulos vermelhos do sangue) têm um tempo de vida em torno de 3 a 4 meses, o nível sanguíneo de hemoglobina glicada pode permitir uma avaliação do controle glicêmico médio relativo a várias semanas; cerca de metade dela reflete o nível sanguíneo de glicose dos últimos 30 dias.

4. A diferença entre o exame de glicose em jejum e o de hemoglobina glicada

Ambos os exames servem para detectar o diabetes ou o pré-diabetes, mas a principal diferença entre eles é que o de glicose avalia os níveis glicêmicos que se apresentam no momento da coleta do sangue. Já o percentual de hemoglobina glicada mede os níveis glicêmicos dos últimos meses, permitindo a análise do controle da condição.

5. As pessoas que podem fazer o exame

O exame de hemoglobina glicada pode ser realizado em qualquer pessoa, não havendo contraindicações. Em geral ele é indicado pelo médico, cuja prescrição formal é exigida por operadoras de saúde, apenas, para que haja cobertura.

6. Os valores de referência

A faixa referencial vai de 4% a 6% de A1C. Níveis acima de 7% (que correspondem ao nível médio de 154 mg/dl de glicose no sangue) normalmente, estão associados a um risco progressivo e maior para complicações crônicas. Metas terapêuticas podem ser estabelecidas conforme a existência de comorbidades e as opções de tratamento existentes. Veja, a seguir, alguns valores de hemoglobina glicada que são utilizados pelos médicos para tomadas de decisão:

  • valores esperados — até 6% na maior parte da população não afetada por diabetes;
  • níveis especiais — quando confirmadamente iguais ou superiores a 6,5%, são indicativos da doença.
  • entre 5,7% e 6,4%, há um maior risco para o desenvolvimento de diabetes (pré-diabetes).

As melhores maneiras para abaixar a hemoglobina glicada

Para abaixar a hemoglobina glicada o que significa reduzir os níveis de glicose que se mantenham elevados no sangue é fundamental ter uma alimentação balanceada por meio da reeducação alimentar. Além disso, é muito importante praticar exercícios físicos. Veja, a seguir, alguns alimentos que devem ser evitados:

  • produtos com farinhas brancas;
  • doces em geral (chocolate, balas, entre outros);
  • refrigerantes;
  • sucos de frutas (para evitar o excesso de frutose).

Como vimos, o exame de hemoglobina glicada é muito importante para o acompanhamento e para a avaliação do tratamento do diabetes. Nesse sentido, para manter a doença sob controle, é fundamental seguir as orientações médicas e realizar as dosagens em laboratório clínico, periodicamente.

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Clínica Centromed - Vila Velha
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